Aldeias de Portugal
Roteiro da Beira Interior -
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A região da Beira Interior situa-se no centro de Portugal, entre o rio Douro a norte e o Rio Tejo a sul, fazendo fronteira a Este com a vizinha Espanha.
Esta região acolhe um misto de cidades industrializadas e aldeias históricas, planaltos e serras por onde correm rios, cascatas e lagoas de água gélida e cristalina. Região de intensa procura turística, especialmente de Inverno, quando a neve cai sobre as casas beiras, oferece, simultaneamente, natureza e história.
A Beira Interior é constituída pela Beira Alta com a cidade da Guarda como capital de distrito, e a Beira Baixa com a cidade de Castelo Branco como capital de distrito.
Segue-se uma descrição do ponto de vista morfológico, clima, flora, população e paisagens agrárias da Beira Baixa gentilmente cedida pelo StreS'sNet Blog
Beira Baixa
Serra da Estrela
O ponto mais alto de Portugal Continental, com 2000m de altitude, oferece paisagens fantásticas, podendo alcançar, da
Torre, uma vista de quase metade de Portugal. O Inverno traz milhares de pessoas a esta serra quê, coberta
de neve e com estâncias de férias e pistas de ski devidamente equipadas e a altas altitudes, oferece as melhores condições para a prática dos mais diversos desportos de neve.
Também com um incomparável encanto a Lagoa Comprida, o Lago Viriato, a Nave de Santo António, e os penhascos monumentais dos Cântaros, recortados pelo jorro das fontes e das nascentes dos maiores rios portugueses: o Mondego e o Zêzere. Durante todo o ano, a região permite o encontro com uma natureza em passeios todo-o-terreno, a cavalo, a pedalar ou em caminhos traçados em paisagens únicas.
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Aldeias Históricas de Portugal
É na Beira Interior que se localiza a maior parte das «Aldeias Históricas de Portugal». |
Guarda
Guarda é a cidade mais alta de Portugal com uma panorâmica sobre os vales do Mondego e do Côa. O centro histórico da cidade, com oitocentos anos, é um hino ao granito cantado na arte romântica da Capela do Mileu, no estilo gótico e manuelino da sua Sé Catedral, ou nas ruas, praças e muralhas da sua cidade medieval. A Praça Velha é, desde o século XII, o coração da cidade onde está, entre outros, o edifício manuelino da antiga Câmara. Cidade fantástica para passear através de torres e muralhas, jardins e igrejas artísticas ou descobrindo uma colecção de relíquias medievais e renascentistas.
Judiaria de Belmonte
Depois de séculos de organização judaica em segredo é, nos anos vinte do século passado, anunciada a existência de uma comunidade no interior de Portugal, junto à Serra da Estrela: Belmonte. Terminadas as perseguições da Inquisição e os processos de integração católica que diluíram a totalidade das comunidades existentes, veio a descobrir-se que nesta vila estavam vivas as tradições, a organização e a estrutura religiosa dos últimos judeus secretos de Portugal. Belmonte é a última comunidade peninsular
de origem Cripto-Judaica a sobreviver enquanto tal, possuindo sinagoga, rabino e cemitério próprio.
Covilhã
Na vertente Sudoeste da Serra da Estrela, a Covilhã é um dos principais centros urbanos do país. E uma cidade com características muito própria, como a tradição de trabalhar a lã, que hoje se reflete principalmente em modernas unidades industriais, é um centro universitário e tecnológico onde se sedia a Universidade da Beira Interior, é ainda a cidade mais próxima da estância de Inverno onde se localizam as únicas pistas de esqui portuguesas.
Aos seus pés desenvolveu-se um riquíssimo e fértil vale de grandes aptidões frutícolas, com cereja, pêssego, maçã e
pêra e aptidões vinícolas, chamada a Cova da beira.
Serra da Malcata
A Serra dá Malcata, com cerca de 1075 metros de altitude, situa-se entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor.
Nela está contida a Reserva Natural da Serra da Malcata, hoje também parte da Reserva Biogenétiça do Conselho da Europa, criada em 1981 com o principal objectivo de proteger o lince ibérico, uma espécie em vias de extinção. A serra da Malcata ainda é considerada um dos últimos refúgios naturais do território português guardando no seu interior interessantes valores botânicos e faunísticos.
As Colchas de Castelo Branco
De inspiração oriental, ás colchas de Castelo Branco são conhecidas desde meados do século XVI, e foram, durante séculos, a dignidade do enxoval de qualquer noiva desta região, fosse ela plebeia ou nobre. O pano de linho, bordado com fio de seda, em desenhos com uma simbologia singular, uns representando o lar e a árvore da vida, ou através de pássaros juntos em representação dos noivos, ou ainda os encadeados que representam a cadeia indestrutível do matrimónio. Orgulho da cidade, as colchas típicas de Castelo Branco, podem ser encontradas em exposição e fabrico no Museu Tavares Proença Júnior. Estas peças de antiguidade chegam a valer dezenas de milhares de euros.
Gastronomia
A gastronomia serrana agrada a todos, entre os vinhedos e as adegas, ao Queijo da Serra que se pode provar em qualquer feira de queijos da região, envolvido numa fatia de pão de centeio. Este queijo, conhecido internacionalmente,
é produzido unicamente com leite de ovelha de raça Bordaleira, coalhado por uma flor característica da região. São também sobejamente conhecidos os enchidos desta região, o cabrito assado, as trutas, a panela no forno, prato típico da Covilhã, o arroz de carqueija e a doçura do requeijão com doce de abóbora que completam os sabores da gastronomia regional.